General quer ser o candidato da oposição na disputa pelo Governo do Estado


Após dedicar 45 anos à carreira militar, o general reformado Guilherme Cals Theophilo de Oliveira concentra esforços, agora, na vida político-partidária. Algumas metas já estão colocadas: recém-filiado ao PSDB, ele mantém conversas com o senador Tasso Jereissati (PSDB) e lideranças de outros partidos, como PSD, Solidariedade e PROS, com disposição para ser o candidato da oposição ao Governo do Estado no pleito de outubro próximo, sem descartar, porém, caso seja a vontade da legenda tucana, também postular cadeira no Senado Federal.
Na entrevista a seguir, o militar, que, embora novato nas ambiências partidárias, tem raízes fincadas na política cearense - inclusive com coronéis que já governaram o Estado -, fala porque decidiu filiar-se ao PSDB e, também, sobre a "preparação" para ser candidato a um cargo eletivo neste ano. Com a experiência adquirida no Exército, ele defende mudanças de gestão que afetem áreas como Saúde e Segurança Pública, ao passo que se prepara para iniciar uma série de viagens por municípios do Interior cearense com o intuito de "ver de perto os problemas do nosso Estado".
General, o que o motivou a, imediatamente após a reserva, se filiar a um partido político e ao PSDB?
Eu tenho que recordar um pouco da minha história. Por que o PSDB? Servi recentemente em Manaus e lá me aproximei muito do prefeito Arthur Virgílio, que é do PSDB. Fizemos uma amizade muito grande, fizemos várias obras em Manaus para a Copa do Mundo, em convênio com a nossa engenharia, tivemos esse grande relacionamento, e o primeiro convite para filiação ao PSDB partiu do prefeito Arthur Virgílio. Como não sou de Manaus, do Amazonas, e minha esposa já está morando em Fortaleza há mais de um ano - ela é funcionária do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), e nós militares temos essa particularidade, que a esposa nos acompanha nas transferências, desde que seja um emprego federal -, partiu essa vontade de continuar servindo ao meu País na área política. Servi durante 45 anos na área militar, e agora apareceu essa oportunidade. Eu conheço muito o deputado (federal) Raimundo Gomes de Matos, é nosso companheiro de Colégio Militar de Fortaleza, e ele perguntou: 'por que não em Fortaleza?'. Eu disse: 'em Fortaleza tive a autorização da esposa'. Houve uma aproximação dessa conversa com o senador Tasso Jereissati e estamos colocando o nosso nome para o partido, para ver se pode ser um bom nome escolhido para a sucessão do Governo do Estado do Ceará.

Diário do Nordeste

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