Ceará tem 2º mês de saldo positivo na geração de postos de trabalho.


O Ceará chegou em junho ao seu segundo saldo positivo de emprego formal neste ano, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta segunda-feira(17/07) pelo Ministério do Trabalho. No mês, foram admitidos 31.217 trabalhadores e demitidos 31.084, resultando em 133 postos de trabalho gerados. Em 2017, fevereiro (64) também haviam registrado saldo positivo, embora tímido.

No Nordeste, apesar de ter sido positivo, o resultado do Ceará foi o terceiro pior, atrás apenas dos constatados em Alagoas (-156) e Bahia (-1.290). Os destaques positivos da região foram Maranhão (1.531) e Pernambuco ( 2.726), que, inclusive, obteve o melhor saldo do País.
Considerando apenas os meses de junho, essa foi a primeira vez em dois anos que mais pessoas foram contratadas do que demitidas no Ceará, já que o sexto mês de 2015 havia sido até então o último com geração de empregos (1.222).
Agropecuária (246), comércio (149), serviços industriais de utilidade pública (134), serviços (31) e atividade extrativa mineral (1) registraram saldos positivos no Estado. Nos segmentos de indústria de transformação (-282), administração pública (-87) a construção civil (-56), entretanto, foram constatados fechamentos de postos.
Crise persiste
Para o analista de mercado de trabalho do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), Erle Mesquita, apesar de o Ceará ter mais contratado do que demitido em junho, o saldo ainda é considerado pequeno e não representa um sinal de melhora dos níveis de desemprego.
"Ainda há uma crise muito profunda no mercado de trabalho. A situação da crise política tem afetado muito negativamente, principalmente os trabalhos com carteira assinada. É importante você ter um dado que não seja negativo, mas houve uma relativa estabilidade, na medida em que houve quase uma compensação entre os que saíram e os que entraram", argumenta.
Mesquita acrescenta que não há previsão "de reversão de tendência no segundo semestre para além de possíveis efeitos sazonais. Ainda há uma incerteza muito grande nos cenários econômico e político".

Diário do Nordeste

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