Os bancos oficiais estão fazendo uma varredura interna sobre as operações com o grupo J&F (dono da JBS) e já avaliam que será preciso elevar o valor de suas provisões para créditos duvidosos (espécie de reserva para se proteger do risco de calote), diante das incertezas sobre o futuro da companhia, informa a edição desta quarta-feira (24) do O Globo.
Ao mesmo tempo, o presidente Michel Temer vem sendo
aconselhado por auxiliares diretos e líderes dos partidos da base aliada
a fazer um pente-fino nas instituições federais. O objetivo é trazer a
público as condições dos empréstimos concedidos à JBS, numa espécie de
retaliação aos donos da empresa, que delataram esquema de corrupção
envolvendo a classe política.
Fontes ligadas ao Banco do Brasil informaram que a
instituição fez várias transações com o grupo, bem como com seus
fornecedores, mas que elas são “defensáveis”, pois foram realizadas
dentro dos padrões de mercado. O mesmo acontece com a Caixa Econômica Federal.
Mas há receio de prejuízo, devido ao grau elevado de exposição dos
bancos públicos ao grupo J&F. A situação do BNDES também é
complicada, porque o banco tem participação na empresa.
A Caixa criou um grupo de trabalho para levantar todas as operações
de crédito concedidas à holding J&F, inclusive por intermédio do
fundo de infraestrutura do FGTS (FI-FGTS).
Ceará News
Ceará News
Comentários
Postar um comentário