Companhia passa a ser chamada de Enel Distribuição. Prátil e termelétrica também mudam de nome.
A mudança de nome da Companhia Energética do Ceará (Coelce) para Enel
Distribuição Ceará, que ocorre hoje (08/11), promete ao usuário do Estado,
segundo afirma o presidente da holding Enel no Brasil, Carlo Zorzoli,
tecnologia de ponta para ofertar mais serviços e menos tempo sem
energia. Concomitantemente, a empresa foca no mercado livre e na mini e
microgeração.
"O Ceará foi e segue sendo muito central para nós. Nosso propósito é
seguir entre os melhores grupos elétricos do mundo, tanto na
distribuição quanto na geração e crescer no mercado de produtos e
serviços, que ainda é pequeno, mas onde vemos grandes oportunidades",
explica Zorzoli, acrescentando que a estratégia segue os pilares de
sustentação do plano de desenvolvimento pensado pela empresa para o
próximo ano o qual envolve geração de energia renovável, redes de
distribuição e serviços agregados para os clientes.
Isso envolve ainda as outras empresas da companhia, como a Prátil e a
termelétrica instalada no Pecém, as quais passam a serem chamadas de
Enel Soluções e Enel Geração, respectivamente. Apenas a Enel Green Power
mantém o nome.
Conexão rápida
Já o presidente da Enel Distribuição Ceará, Abel Rochinha, afirma: "a
primeira mudança a ser percebida pelo usuário será a melhor qualidade
daqui pra frente". Ele aponta para a tecnologia de telecomando - na qual
se "coloca chaves em diversos locais da rede de maneira que trabalho
feitos antes em 1h são prontos em 5min, fazendo com que o cliente quase
não sinta que ficou sem energia" - como um dos principais benefícios aos
quatro milhões de cearenses clientes da Enel. "Uma segunda forma também
é a conexão de novos clientes. Historicamente, sempre tivemos a média
de 120 mil novos clientes por ano - muito mais do que a maioria das
outras distribuidoras. Isso gerou um 'GAP' da ordem de 30 mil clientes
(sem conexão à rede) e que nós estamos resolvendo até meados do ano que
vem", disse, citando que, enquanto Coelce, a companhia obteve boas
avaliações na Agência de Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Geração distribuída
A transformação de clientes em geradores de energia também é vista pela
Enel como oportunidade de negócio e, segundo os dois executivos, a
companhia atuará neste negócio com mais afinco a partir da Enel
Soluções, que espera crescer 70% ao ano em potência instalada até 2019.
"O alvo é tipicamente um cliente particular de consumo médio/alto ou
pequenos negócios, pequenas indústrias, rede de varejo", afirma Zorzoli.
Atualmente, a empresa já atua nesta área, mas os trabalhos devem ser
intensificados em regiões onde a Enel não atua como distribuidora. Sobre
os gargalos que afetam os novos planos, ele aponta para o financiamento
como um dos principais desafios e diz estar negociando com bancos para
ter um pacote que facilite o negócio. Outro impedimento é a instalação
de placas solares no teto. Para ele, o serviço só deve ser feito no
solo.
Companhia tem trajetória de 45 anos no Ceará
Criada em 5 de julho de 1971, a Companhia Energética do Ceará (Coelce)
surgiu da unificação de quatro empresas distribuidoras de energia
elétrica então existentes no Estado: Celca, Cenort, Conefor e Cerne. Em
1995, a Companhia tornou-se uma empresa de capital aberto, passando a
negociar suas ações nas principais bolsas de valores brasileiras. Três
anos depois, em 1998, em leilão público, realizado na Bolsa de Valores
do Rio de Janeiro (BVRJ), a empresa foi privatizada. No mesmo ano, o
Consórcio Distriluz Energia Elétrica S.A. Converteu-se no operador da
empresa, assinando o contrato de concessão, válido por 30 anos. Já em
1999, foi concluído o processo de reestruturação societária e a Coelce
passou a ser controlada pela Investluz S.A., da espanhola Endesa.
Diário do Nordeste
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