O ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
foi preso nesta quarta-feira (19), em Brasília. A prisão dele é
preventiva, ou seja, por tempo indeterminado. A decisão foi do juiz Sérgio Moro
no processo em que Cunha é acusado de receber propina de contrato de
exploração de Petróleo no Benin, na África, e de usar contas na Suíça
para lavar o dinheiro.
O ex-deputado embarcou em um avião da Polícia Federal para Curitiba, onde ficará preso. (acompanhe a cobertura em tempo real)
Moro é responsável pelas ações da operação Lava Jato na 1ª instância.
Após Cunha perder o foro privilegiado com a cassação, ocorrida em
setembro, o juiz retomou na quinta-feira (13) o processo que corria no Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta segunda (17), Moro intimou Cunha e deu 10 dias para que os advogados protocolassem defesa prévia.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), em liberdade, Cunha
representa risco à instrução do processo e à ordem pública. Além disso,
os procuradores argumentaram que "há possibilidade concreta de fuga em
virtude da disponibilidade de recursos ocultos no exterior" e da dupla
nacionalidade – Cunha tem passaporte italiano.
Para embasar o pedido de prisão do ex-presidente da Câmara, a
força-tarefa da Operação Lava Jato listou atitudes, que conforme os
procuradores, foram adotadas por Cunha para atrapalhar as investigações.
Entre elas, a convocação pela CPI da Petrobras
da advogada Beatriz Catta Preta, que atuou como defensora do lobista e
colaborador da Lava Jato Julio Camargo, responsável pelo depoimento que
acusou Cunha de ter recebido propina da Petrobras.
O peemedebista perdeu o mandato de deputado federal em setembro, após
ser cassado pelo plenário da Câmara. Com isso, ele perdeu o foro
privilegiado, que é o direito de ser processado e julgado no STF.
G1
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