Cearense de 18 anos cria startup e ganha curso no MIT

 
A startup foi criada com a ajuda de mais quatro colegas que Alisson conheceu em um evento de empreendedorismo em Fortaleza. Na ocasião, os jovens foram premiados com o 2º lugar da competição e receberam o apoio de mentores da área do empreendedorismo. A partir daí, eles criaram o protótipo do produto, que será lançado oficialmente no dia 5 de agosto.

O projeto ajudou o estudante durante a candidatura para participar de um programa no MIT, onde esteve de junho a julho deste ano. "Eu tive que enviar um currículo com as atividades, projetos ou startups que eu ja tinha feito ou participado e após conseguir a provação nas outras etapas, fui selecionado", disse.
No MIT, Alisson participou de cursos sobre empreendedorismo. Além das aulas, os alunos eram estimulados a montar uma startup. Com a ajuda de dois alunos americanos e uma aluna de Cingapura, o cearense criou sua segunda startup, o Lyfeband. "É uma luva que mede o nível de oxigênio dos bebês e alarma caso passe do normal", explica. O aparelho ainda está na fase de protótipo e os jovens pretendem lançar na Índia.

Mesmo com os projetos, Alisson continua estudando e pretende se candidatar para uma universidades americana. "Quero fazer algum curso que envolva tecnologia com empreendedorismo", afirma.
 
Dificuldades
O desejo de estudar no MIT surgiu ainda no 1º ano do ensino médio, quando uma colega de sala foi aprovada para o instituto de Massachusetts. "Quando vi alguém conhecido ser aprovado, percebi que eu também poderia conseguir", afirma.A primeira dificuldade de Alisson teve que enfrentar foi a falta de domínio da língua inglesa, contornada com muito empenho. "Acordava às 2h da manhã e estudava sozinho até a hora de ir para a aula. Dormia cerca de quatro horas por dia. Fiz isso durante seis meses, até aprender a língua", conta.

Estudante do colégio Ari de Sá, Alisson costumava participar de competições olímpicas, sendo premiado com uma medalha de bronze na Olimpíada Ibero-Americana, em 2015.
A aprovação para estudar em um curso do MIT garantia a estadia e o ensino do cearense, mas o jovem teria que arcar com a passagem e a alimentação, foi aí que surgiu o segundo obstáculo que Alisson teve que enfrentar.
“Como meus pais não iriam conseguir arcar com tudo, criei uma cota online para conseguir dinheiro”, disse. O jovem tinha a meta de arrecadar R$ 4 mil, mas o valor chegou a ser ultrapassado.
Alisson aconselha aos jovens que não desistam na primeira adversidade. “Se você desistir, nunca vai saber o que aconteceria se tivesse tentado.”

G1

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