Mediante o surto de gripe pelo vírus H1N1, com
registro de mortes, em São Paulo, neste ano, a mobilização nacional foi
antecipada. No Ceará, mais de dois milhões de pessoas deverão ser
imunizadas contra a gripe. No Interior, 1.463.644 integram o grupo
prioritário.
O fluxo diário de pessoas entre o Ceará e São Paulo coloca as
autoridades em alerta. "Estamos preocupados e atentos, acompanhando
diariamente a situação. Nos últimos dois meses não tivemos notificação",
disse a coordenadora de imunização da Secretaria da Saúde do Estado
(Sesa), Ana Vilma Leite.
No começo do ano, foram confirmados pela Sesa cinco casos da gripe
H1N1, com registro de dois óbitos em decorrência de síndrome
respiratória aguda grave. "O maior risco de adoecer e morrer são as
crianças, gestantes e idosos. Há risco. O vírus é altamente
transmissível, por isso a importância das medidas de prevenção e
higiene", frisou.
Vilma Keite disse que é importante a procura por um serviço médico o
quanto antes para as pessoas que apresentem sintomas da doença, que
vieram de São Paulo ou que tiveram contato com quem viajou recentemente
para aquele Estado.
A partir do próximo dia 30, no Ceará, serão 2.270 salas de vacinação
para atender os grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde
para a 18ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. São
crianças de seis meses a quatro anos; trabalhadores da saúde; gestantes;
puérperas; indígenas, idosos acima de 60 anos; pessoas com doenças
crônicas; adolescentes; jovens sob medidas socioeducativas; e população
carcerária do sistema prisional.
Os municípios são orientados a realizar busca ativa, por meio dos
agentes de Saúde, para alcançar a meta, além de ampliar a campanha de
divulgação da mobilização. "Monitoramos cada cidade e temos parceria com
as secretarias de Saúde, oferecendo apoio e orientação".
Na rede particular, nas cidades do Interior, ainda não há vacina contra
os tipos de Influenza. Em Iguatu, há uma clínica particular que atende a
demanda. A expectativa é de que chegue o dia 20. Cada dose da
tetravalente que inclui quatro tipos de vírus, dentre eles, o H1N1, deve
ser vendida por R$ 120. Em 2015, custava R$ 70. Em Juazeiro do Norte,
não há previsão de chegada das doses. No Sertão Central, unidades
particulares não costumam ofertar o serviço de imunização contra a
gripe.
Diário do Nordeste
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