O mercado de trabalho eliminou 1,1 milhão de vagas formais no período de um ano.
A queda no total de pessoas ocupadas com carteira assinada no setor
privado foi de 3% no quarto trimestre de 2015 em relação ao mesmo
período do ano anterior. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A perda da carteira assinada estimula a população que está fora
da força de trabalho a procurar emprego para complementar a renda
familiar, explicou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
"A carteira representa uma série de benefícios. Então a perda da
carteira pode fazer com que as pessoas que estão fora da força vão para o
mercado de trabalho pra compor essa renda (da família). Essa redução da
estabilidade do emprego faz com que tenha esse aumento de população
desocupada", justificou Azeredo.
O coordenador lembra que o total de pessoas procurando emprego cresceu em 2,635 milhões de indivíduos em um ano,
enquanto apenas 600 mil vagas foram eliminadas no período. A fila da
busca por um trabalho reúne essas pessoas que perderam o emprego e as
que não estavam trabalhando nem procurando uma vaga.
No quarto trimestre de 2015, além da redução da formalidade,
houve diminuição do montante de trabalhadores sem carteira assinada no
setor privado, que encolheu 4,3%, 450 mil funcionários a menos.
Já o trabalho por conta própria cresceu 5,2% no período, com 1 139
milhão de pessoas a mais nessa condição em um ano. "As pessoas quando
perdem o emprego muitas vezes recebem rescisão. Elas vão usar essa
rescisão para montar um negocio próprio, para tentar manter o sustento
delas", disse Azeredo.
O trabalho doméstico também avançou no período de um ano (+4,8%) com
284 mil empregados a mais, absorvendo mão de obra dispensada de outros
setores.
Fonte: IBGE
Redação: Diário do Nordeste
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