Existem alguns costumes que afetam muito o veículo de duas rodas. Fique esperto e aumente a vida útil dela.
O óleo é fundamental em qualquer veículo. Com a moto não é diferente.
Mas, não basta apenas trocar no prazo recomendado. Motores de motos são
mais exigidos que os de carro. Especialmente nos motores refrigerados a
ar, o óleo tem dupla função: lubrificar e refrigerar o motor, o que
torna vital prestar atenção nele. E mais: nas motos, o óleo do motor
cumpre papel duplo, pois, ao contrário dos motores automobilísticos, que
têm óleo de motor e óleo de câmbio, nas motos o óleo é um só.
Rodar com o óleo vencido é um grande pecado, assim como é grave o
descuido do nível recomendado. Habituar-se a verificar se a quantidade
está correta pela varetinha (ou pelo mais prático visor, que há em
alguns modelos) deve se tornar um ritual frequente.
A segunda dica diz respeito a embreagem. Parou no sinal de trânsito?
Tenha o hábito de colocar o câmbio em ponto morto. Ficar com a mão
apertando a alavanca de embreagem só se justifica se você souber que o
sinal vai abrir rapidamente.
Outra coisa que "lasca" a embreagem é o (mau) hábito de usá-la para dar
a famosa "queimada", para fazer a rotação do motor subir levemente, o
que pode até ser necessário em algumas situações. O mais indicado mesmo é
usar a embreagem o mínimo e aprender a dosar o acelerador de modo
correto.
Pneus e lavagem
Terceira dica: olho vivo nos pneus diariamente. Tudo de ruim pode
acontecer com pneus murchos: furam mais facilmente e, se um buraco for
malvado, a carcaça pode ficar comprometida, rompendo-se e obrigando você
à crueldade que é ter que jogar fora um pneu com cara de novo, mas que
não presta mais.
Outro dano que pneus com pressão abaixo da indicada acarretam diz
respeito às rodas, que ficam mais vulneráveis a amassados ou, pior,
quebras. Sempre que for sair com a moto dê uma passada de olhos nos
pneus e respeite a calibragem recomendada pelo fabricante, verificando-a
no mínimo uma vez por semana.
Agora a quarta recomendação: lavar a moto? Sim, mas cuidado com as
máquinas que lançam jato de água com pressão. Motores (e também
componentes de suspensão) têm retentores cá e lá, dispositivos nascidos
para, como diz o próprio nome, reter seja o que for o caso, óleo ou
outro tipo de líquido. Acontece que eles foram bolados para resistir
principalmente à pressão de dentro para fora, e, quando recebem um jato
de água na direção oposta, adeus. Outra vítima frequente desses jatos
d'água sob pressão são os adesivos, especialmente aqueles das partes
plásticas. O segredo, ao lavar a moto é não exagerar na proximidade do
jato e evitar mirar em um só lugar por muito tempo.
Corrente frouxa
E por fim, a quinta dica. A vida útil de uma corrente e seus parceiros,
a coroa e o pinhão (conjunto chamado de transmissão secundária),
depende fortemente do quanto você vai lubrificá-la.
Não são componentes eternos, especialmente a corrente, mas podem
"viver" muito mais caso recebam frequentemente um spray lubrificante
adequado a este fim. É um tipo de óleo que tem como característica
aderir à superfície e não ser arremessado rumo a sua calça nova ou,
pior, a de sua passageira pela força centrífuga, quando a moto entra em
movimento.
E o planeta diz obrigado também, já que o lubrificante específico para
correntes de transmissão usado no lugar do mais popular óleo queimado de
motor é ecologicamente mais correto. Outra ação que aumenta a vida útil
da transmissão secundária é manter a corrente na tensão correta, nem
muito esticada, nem muito frouxa.
Fique esperto!
1 - sempre verificar o óleo: seguir recomendação do fabricante
2 - embreagem: habitue-se a colocar o câmbio em ponto morto. Ficar com a
mão apertando a alavanca de embreagem só se justifica se você souber
que o sinal vai abrir rapidamente
3 - pneus: se eles estão murchos é meio caminho para um acidente
4 - amortecedor: alguns motociclistas acham que o amortecedor é eterno e
jamais cogitam a troca. Eles vão se acostumando à perda da eficiência
deste importante componente.
5 - corrente: a vida útil de uma corrente depende fortemente do quanto você vai lubrificá-la
Diário do Nordeste
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