O animal permanece em Crateús e a Associação Caatinga está providenciando a destinação mais adequada.
Um tatu-bola foi encontrado no quintal da casa de agricultores da localidade Pau de Óleo, no município de Crateús (CE). Após encontrarem o animal, os agricultores foram orientados a encaminhá-lo animal à Associação Caatinga, organização não governamental (ONG) de proteção ao bioma original do Nordeste e responsável pelo Programa de Conservação do Tatu-bola, apoiado pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.
Em 2014, o tatu-bola atraiu os olhares do mundo para si como mascote da Copa do Mundo,
mas a situação do mamífero segue preocupante. O animal típico da
Caatinga, aparece na lista vermelha de espécies ameaçadas de extinção da
União Nacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Em janeiro de 2015,outro tatu-bola foi resgatado na Reserva Natural Serra das Almas (RNSA) e encaminhado ao Zoológico de Brasília, onde um casal de tatus-bola é mantido em cativeiro para estudos a fim de preservar a espécie.
O gerente da Reserva, Thiago Vieira, afirma que a
confiança popular no trabalho da instituição contribui para o
desenvolvimento das ações de conservação do Bioma. “A entrega desse
tatu-bola à Associação Caatinga pela comunidade do entorno da RNSA é
reflexo positivo do trabalho desenvolvido em prol da conservação do
Bioma. Fazemos a nossa parte com as ações de Educação Ambiental e
Desenvolvimento Sustentável e a comunidade reconhece e colabora
conosco”, ressalta Thiago.
O tatu-bola conta com um Plano de Ação Nacional para Conservação (PAN), elaborado sob coordenação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)
e com o apoio da Associação Caatinga. Graças à parceria da Fundação
Grupo Boticário de Proteção à Natureza, a Associação Caatinga implementa
as ações prioritárias previstas no PAN para a conservação do mamífero.
“A conservação do tatu-bola traz impactos positivos
para as outras formas de vida existentes na Caatinga. A execução das
ações do PAN torna possível também a conservação de inúmeras outras
espécies raras, endêmicas ou ameaçadas dos biomas Caatinga e Cerrado, além de contribuir para a mitigação de efeitos potencializadores do aquecimento global, combater a degradação e desertificação”, afirma Samuel Portela, coordenador de áreas protegidas da Associação Caatinga.
O animal permanece em Crateús e a Associação Caatinga está providenciando a destinação mais adequada.
Diário do Nordeste
Foto: Associação Caatinga Crateús
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