O segundo maior banco privado do país anunciou nesta quinta-feira (28)
que teve lucro líquido de R$ 4,353 bilhões no período, alta de 9% sobre
igual etapa de 2014.
O Bradesco superou previsões de lucro no quarto trimestre, apoiado em
maiores receitas com juros, seguros e tarifas, além de rígido controle
das despesas, compensando com sobras o aumento da inadimplência e das
provisões para calotes.
O segundo maior banco privado do país anunciou nesta quinta-feira (28) que teve lucro líquido de R$ 4,353 bilhões no período, alta de 9% sobre igual etapa de 2014.
Em bases recorrentes, o lucro foi de R$ 4,562 bilhões, aumento de 10,4%
sobre um ano antes e acima da previsão média de analistas de R$ 4,298
bilhões.
O Bradesco fechou 2015 com carteira de crédito de R$ 474,027 bilhões,
alta anual de 4,2% puxada por grandes empresas (+9,5%) e, na pessoa
física, os segmentos imobiliário (+27,1%) e consignado (+16,7%).
Em comunicado separado, o banco previu alta de 1 a 5% de seu estoque de
financiamentos em 2016. Se confirmado, o número marcará o segundo ano
seguido de expansão abaixo da inflação. Em 2015, o IPCA subiu 10,7%.
Para este ano, a previsão do mercado é de alta de 7,23% do índice.
Ainda assim, o banco teve no quarto trimestre maiores receitas com
juros, dado que o spread médio - a diferença entre custo para captar
recursos e a cobrada dos clientes - melhorou, num ambiente de taxas de
juros mais elevadas.
O banco também registrou alta de 13,7% no lucro das operações de seguros e teve uma receita com serviços e tarifas 13%,
ambos na comparação anual. Por fim, conseguiu restringir o aumento das
despesas administrativas a 7,4% em relação ao último quarto de 2014.
Em contrapartida, como o próprio banco havia previsto, os efeitos da
recessão no país fizeram seu índice de inadimplência, medido pelo saldo
de operações vencidas com mais de 90 dias, subir a 4,1%, acima dos 3,8%
do trimestre anterior e dos 3,5% do último quarto de 2014.
Entre outubro e dezembro, as despesas da companhia com provisões para
perdas com calotes somaram R$ 4,192 bilhões, aumento de 8,8% na
comparação sequencial e de 26,8% sobre um ano antes.
Diário do Nordeste
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