Governo do Estado aposta em acordo entre Brasil e China, para construir uma refinaria na área do Pecém.
Segundo o secretário para Assuntos Internacionais do Ceará, Antonio
Balhmann, a capacidade da nova planta deverá ser semelhante à da Premium
II.
Após a Petrobras desistir de construir a refinaria Premium II, no
Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), o governo do estado
passou a buscar alternativas para atrair o empreendimento. Entre elas, a
maior aposta do governo hoje é de uma eventual parceria com os
chineses, cujo investimento previsto na primeira fase da refinaria seria
de US$ 4 bilhões. Segundo o secretário para Assuntos Internacionais do
Governo do Estado do Ceará, Antonio Balhmann, a capacidade da nova
planta deverá ser semelhante à da Premium II.
De acordo com o secretário, o valor estaria incluído nos US$ 53 bilhões
previstos no Acordo Brasil/China, assinado em maio, voltado para
investimentos e contratos de cooperação financeira. A reunião entre os
dois países resultou na assinatura de 35 acordos bilaterais nas áreas de
planejamento, infraestrutura, comércio, energia, mineração, entre
outras. "O Acordo Brasil/China pressupõe investimentos em projetos que o
Brasil e a China consideram estratégicos", disse Balhmann.
"Sempre, o projeto (da refinaria) pressupunha a Petrobras", diz
Balhmann. "Então a estratégia do governo Camilo é mudar para uma
plataforma que pressuponha um outro conjunto institucional que permita a
gente continuar sonhando com a possibilidade concreta de ter uma planta
de refino no Pecém".
Missão oficial
Há três semanas, o secretário esteve na China, em missão oficial
juntamente com o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do
Planejamento Orçamento e Gestão, Cláudio Puty, onde solicitou ao governo
chinês a inclusão da refinaria entre as suas prioridades de
investimentos no Brasil.
"Dentro dessa lista de prioridades, em um trabalho feito pelo
governador Camilo, o governo brasileiro apresentou a refinaria do Ceará
como um projeto estratégico para o País, assim como a siderúrgica para o
Maranhão", disse Balhmann. "E é dentro desse acordo, com as empresas
mobilizadas pelo governo brasileiro e pelo governo chinês, que nós temos
a nova esperança de construir a viabilidade da nossa refinaria", disse.
Segundo o secretário, no momento ainda não há sinalização de possíveis
empresas parceiras para participar do empreendimento. "Estamos só
construindo a base institucional da possibilidade (de receber a
refinaria)", afirmou o secretário.
Diário do Nordeste
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