Terminou nessa Quarta-feira (28/10) em Brasília, o II Fórum Nacional do
Comércio. A volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação
Financeira), o excesso da carga tributária, mas principalmente a carga
de trabalho intermitente foram os principais assuntos em pauta nos dois
dias do evento, segundo explicou o presidente da Confederação Nacional
de Dirigentes Lojistas (CNDL), o cearense Honório Pinheiro.
Paulo Solmucci, presidente da Associação Brasileira de Bares e
Restaurantes (Abrasel), explicou porque a regulamentação do trabalho
intermitente, pelo Congresso Nacional, é o ponto mais importante em
pauta no evento. "A jornada intermitente é uma jornada móvel. Com ela,
haverá a possibilidade do empregado se adequar as demandas do empregador
e vice-versa. Além disso, existe um enorme contingente de brasileiros,
principalmente jovens e terceira idade, com o desejo e disponibilidade
de trabalho em jornadas reduzidas e flexíveis".
Segundo Honório Pinheiro, é importante mudar também as formas já
existentes de contratação de trabalhadores. "A legislação trabalhista
atual que permite apenas a contratação de mão de obra em jornadas fixas e
de 44 horas semanais não atende a necessidade do setor. Nossa
legislação é de 1942 e focada na indústria e não no setor de comércio e
serviços, que hoje é um dos principais geradores de emprego do Brasil.
Vamos lutar no Congresso pela normatização da jornada intermitente e
demonstrar a necessidade da utilização das jornadas móvel e reduzida".
Objetivos
Um dos objetivos do Fórum, segundo seus organizadores, é unificar o
discurso das entidades que representam os vários setores do comércio
varejista, e que integram a União Nacional das Entidades de Comércio e
Serviços (Unecs). "Nesta segunda edição do Fórum Nacional do Comércio,
ressaltamos a importância do varejo no Brasil e discutimos propostas
para o desenvolvimento em conjunto de empresas, indústrias, instituições
e prestadores de serviços que têm interesse no desenvolvimento dessa
classe", explicou Honório.
Ferramentas
"Ao promover esse encontro de negócios, temos a pretensão de
disponibilizar ferramentas para a evolução do varejo e, assim, estimular
a economia do país. Por se tratar do desenvolvimento do comércio e
serviço, a participação de todos os membros da Unecs nesse encontro foi
de fundamental importância", explica Honório Pinheiro.
Além da CNDL, integram a Unecs a Abrasel, a Associação Brasileira de
Atacadistas e Distribuidores (Abad), a Associação Nacional dos
Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), a Associação
Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), a Associação Brasileira de
Supermercados (Abras) e a Confederação das Associações Comerciais e
Empresariais do Brasil.
Unecs
Criada em 2014, a Unecs possui sete entidades que, juntas, respondem
por um faturamento de R$ 1 trilhão e pela geração de 9,91 milhões de
empregos diretos no País.
Diário do Nordeste
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