O Deputado Estadual Capitão Wagner (PR) se reuniu na noite dessa quinta-feira (03), com o senador Tasso Jereissati (PSDB).
O encontro sinaliza possibilidade de mudança de legenda, caso seja aberta a janela partidária, em votação no Congresso.
O deputado não confirma convite oficial dos tucanos e afirma que o plano ainda é disputar a prefeitura de Fortaleza pelo PR.
O encontro sinaliza possibilidade de mudança de legenda, caso seja aberta a janela partidária, em votação no Congresso.
O deputado não confirma convite oficial dos tucanos e afirma que o plano ainda é disputar a prefeitura de Fortaleza pelo PR.
“A
conversa com Tasso foi muito boa. Falamos sobre o quadro nacional e a
possibilidade da janela partidária”, conta. Ele também adianta que os
partidos de oposição em Fortaleza estão debatendo se participarão das
eleições unidos ou lançarão candidaturas próprias. O encontro com Tasso
teria sido um dos primeiros nesse sentido.”Está tudo ainda nas
preliminares. Temos até o fim do mês para qualquer mudança partidária”,
lembra Wagner.
Embora negue o convite e enfatize que não há motivos para deixar o PR, fontes próximas ao parlamentar confirmaram ao Jornal O POVO que o deputado se sente desconfortável com a manutenção de seu partido na base do governo federal.
Wagner
reclama que a presidente Dilma Rousseff (PT) quebrou promessas de
campanha importantes, como a refinaria e o piso salarial nacional dos
policiais, e que é desagradável criticar o governo localmente enquanto é
aliado dele nacionalmente.
Desde o fim da eleição passada, há
uma aproximação entre Tasso e o deputado. O tucano teria simpatia pela
candidatura do capitão.
Contra a filiação do deputado ao PSDB,
pesa exatamente o nome do senador. Apesar de ainda ser uma figura
popular no Interior, Tasso encontra certa resistência em Fortaleza, com
destaque para os funcionários públicos.
Capitão Wagner é o
deputado estadual mais votado na história da Assembleia Legislativa.
Antes, ele já havia conquistado o mesmo título na Câmara Municipal de
Fortaleza. Caso a mudança de partido de fato ocorra, será a segunda
desfiliação de peso do PR apenas neste ano. Em junho, o ex-prefeito de
Maracanaú, Roberto Pessoa, deixou a legenda para unir-se ao PSB.
O
PSDB, por sua vez, tenta reconstruir a legenda no Estado, desidratada
após a derrota de Tasso na disputa para senador em 2010.
O POVO
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