Para a maioria dos brasileiros, alta do dólar é sinônimo de dor de cabeça.
Já para alguns empresários, ela tem sido motivo de comemoração.
Mãos e máquinas que não param. Juazeiro do Norte
é considerado pelo Sindicato das Indústrias como o 'terceiro' polo
calçadista do país e na contramão da crise, este é um setor que tem
contratado trabalhadores.
Até o mês de maio, uma indústria tinha 700 funcionários. Nos últimos meses foram contratadas mais 400 pessoas.
Até o mês de maio, uma indústria tinha 700 funcionários. Nos últimos meses foram contratadas mais 400 pessoas.
Por dia são produzidos 28 mil pares de calçados e a expectativa é esse
número aumentar para atender o mercado lá fora, de 20% a 30% das
sandálias feitas aqui vão parar em países da América Latina, África e
Europa.
Para o presidente do Sindicato das Indústrias, Antônio Barbosa
Mendonça, a valorização da moeda norte-americana traz reflexos positivos
para o setor.
São Paulo
Em uma indústria que vende máquinas para fora do país, eles empacotam a crise e mandam para longe.
Em uma indústria que vende máquinas para fora do país, eles empacotam a crise e mandam para longe.
A conta da felicidade para quem exporta pode ser entendida bem se a
gente usar uma máquina como exemplo. No ano passado, a empresa tentava
vender a máquina lá fora por US$ 16 mil, que no Brasil, valia R$ 37 mil.
Aí o dólar começou a subir e a máquina ficou mais barata lá fora. Hoje,
ela é vendida por US$ 12 mil, mas esse dinheiro no Brasil vira mais de
R$ 43 mil. A empresa ficou mais competitiva lá fora e ainda ganha mais
dinheiro aqui dentro. Foram R$ 6 mil a mais do que no ano passado.
Enquanto uma parte dos brasileiros se descabela torcendo para o dólar
baixar, Gilberto Poleto, presidente da empresa, é da turma que acha que
ainda dá para subir um pouco mais. “Agora já está bom, mas poderia ser
um pouco melhor. Pode chegar a R$ 4, seria o ideal pra gente ser muito
mais competitivo”, conta.
Para o economista Roberto Giannetti, a alta do dólar tem mais pontos
positivos do que negativos. “Diante da conjuntura que nós estamos
vivendo de desemprego, queda de renda e queda de produto interno, não há
dúvida que a exportação é o melhor caminho para resgatar o crescimento
da economia brasileira”, defende.
Hora 1
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