Encontro entre representantes da Câmara Setorial do Comércio do Ceará e o
governador Camilo Santana aconteceu no Palácio da Abolição, sede do
governo, na manhã dessa quarta-feira (26).

"Foi uma provocação e um pedido nosso, e ele (Camilo) disse que não
deve incrementar (mais impostos), de que não teria isso", contou
Freitas.
Conforme revelou o líder classista, na reunião realizada ontem pela
manhã, Camilo se mostrou sensível aos apelos do setor que representa 75%
do Produto Interno Bruto (PIB) cearense. Na conversa com o governador,
Freitas afirmou que "as empresas estão todas exauridas e a saída tem de
ser outra (e não o aumento de impostos pelo Estado), pois não foram
responsáveis pela crise, ao contrário, também são vítimas".
O presidente da FCDL disse acreditar que o modelo empregado nos últimos
anos no Ceará, onde a base de contribuintes aumentou, aliviando a
pressão sobre poucos e expandindo também a arrecadação do Estado, é o
mais adequado para garantir a saúde das empresas e, consequentemente, da
economia cearense. "Nós continuamos com o governo, contribuindo para o
desenvolvimento do setor, mas não estamos pedindo favor", ponderou,
lembrando do peso do comércio na geração de empregos e na arrecadação.
Mais dinamismo
Especificamente sobre a diminuição da burocracia para o setor privado,
Freitas revelou também que apontou ao governador a Junta Comercial como o
gargalo para a Rede Sim no Ceará. Em resposta, Camilo garantiu a
modernização da Jucec para compartilhar informações com a Secretaria da
Fazenda, a Secretaria de Finanças e a Receita Federal - todas capazes de
cumprir a missão de diminuir a quantidade de dias para abrir uma
empresa, segundo acredita o presidente da FCDL.
Outro projeto apresentado ao chefe do executivo estadual pelos
representantes do comércio é a simplificação no trâmite para
reconhecimento de firma, o qual propõe a diminuição desta exigência em
alguns processos e que também teve sinalização positiva do Estado.
Fortalecimento
Na busca de fortalecer o comércio local, os empresários ainda
apresentaram o projeto para que os comerciantes fossem incluídos nas
compras governamentais, assim como os que fazem parte da Simples
Nacional. A demanda comunga com outros dois também apresentados ontem. O
primeiro é a implementação do Fundo de Desenvolvimento do Comércio
Varejista e do Código de Defesa do Contribuinte, ambos regulamentados e
prontos para vigorar.
Demais temas
O pedido de investimento em segurança pública nos polos comerciais e o
compromisso de endossar a campanha pelo hub da TAM em Fortaleza - a
partir de veículos e vitrines de lojas adesivadas - fecharam a pauta de
discussão entre os representantes do comércio e o governador.
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