Caçambeiros fecham acesso ao aterro sanitário de Caucaia.

Cerca de 400 motoristas dos caminhões de lixo das seis regionais de Fortaleza paralisaram os serviços e estão impedindo a entrada de caçambas no aterro sanitário de Caucaia desde as 7h da manhã desta sexta-feira (21). Os veículos estão estacionados em uma das faixas da Estrada do Aterro Sanitário, via perpendicular à BR-020. Eles são trabalhadores terceirizados pela empresa Futurecom, que presta serviços à Ecofor Ambiental.
 
Os motoristas reivindicam, principalmente, o pagamento do valor referente à soma das carradas de lixo (uma carrada equivale 5,5 toneladas) entregues nos meses de junho e julho para o aterro, que ainda não foram pagos. Por mês, cada motorista entrega 52 carradas.
 
Conforme Marco Antônio Oliveira, motorista representante da manifestação, desde o início da gestão do prefeito Roberto Claudio, cerca de 400 garis foram tirados de serviço. Além disso, a categoria reclama da diminuição do número de carros que faziam o recolhimento de dejetos turno da noite, 75 veículos.
 
Outro ponto apontado pelos motoristas é o aumento do valor das carradas. Marco Antônio explica que, muitas vezes, eles não conseguem levar o peso mínimo para completar o valor pedido em reais, e acabam tendo o pagamento diminuído. Por conta dessa pesagem, os garis também acabam tendo cestas básicas cortadas. Eles precisam entregar duas carradas por dia.
 
"Nós queremos, prioritariamente, receber o nosso pagamento. Não tem como a gente viver, dentro de casa, sem receber pelo que a gente trabalha", ressalta o motorista. A paralisação deve seguir até as 15h desta sexta-feira, prazo que a categoria estabeleceu para receber alguma resposta da Prefeitura. 
 
Os motoristas afirmam, ainda, que a desregularização nos prazos dos pagamentos é comum, e que é recorrente eles receberem os pagamentos com até 60 dias de atraso.

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