Reriutaba: Detentos recebem ''segunda chance''.

Papel, palitos de picolé, pedaços de madeira e plástico, entre outros, se transformam pelas mãos dos detentos da cadeia publica de Reriutaba.

Image-0-Artigo-1900161-1Reriutaba.Como transformar e ressocializar um preso, numa pequena cadeia do interior cearense, que passa 24 horas por dia, dos 365 do ano, na ociosidade cumprindo pena? Pensando nisso, a Prefeitura de Reriutaba, na Zona Norte do Estado, tomou a iniciativa de ocupar e dar uma profissão aos 13 apenados da cadeia pública no Município.
Por meio da Secretaria de Cultura, todos os presos - idades que variam de 20 a 85 anos - aderiram ao projeto "Segunda Chance" e estão trabalhando com artesanato e pinturas há três meses. O secretário de Cultura, Alderico Magalhães, autor da ideia, conta que até o clima na cadeia mudou e que as famílias deles estão gostando.
O agente prisional Márcio, que acompanha a execução do projeto, relata: "Eles ficam satisfeitos por estar ocupados e em saber que existe alguém olhando para eles. Até o prédio da cadeia está melhorando", disse. O projeto forneceu o material e os próprios presos limparam e pintaram o espaço de convivência coletivo.
Uma equipe multidisciplinar dá suporte ao Projeto na Cadeia Pública. Uma vez por semana um profissional - médico, enfermeiro, educador físico, instrutor de artes plásticas ou professor - visita os detentos e presta atendimento de medição de pressão arterial, glicemia, aula de pintura, educação física, corte de cabelo e outros.
A Prefeitura fornece o material para o artesanato, mas a Secretaria está planejando fazer uma Exposição para vender as peças e a renda ser investida parte para aquisição de material de higiene e parte para os familiares do detentos.
Papel, palitos de picolé, pedaços de madeira e plástico, entre outros, se transformam pelas mãos dos detentos da cadeia pública de Reriutaba. São confeccionados: casas em miniatura, cofres, porta-jóias, bolsas e outros objetos para presente. "Não é porque a pessoa caiu no erro, que deve continuar no chão", afirma o secretário Alderico Magalhães, empolgado com o retorno do trabalho que está sendo realizado.


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