O Dia das Mães deste ano deve ter uma movimentação maior em relação a 2016, com uma alta de até 2% nas vendas, conforme projeção do varejo cearense. No entanto, o setor ainda mantém cautela, diante da atual situação econômica do País. “Ainda não temos grandes motivos para estarmos otimistas e precisamos ser realistas. O índice de desemprego segue alto”, explica o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza, Severino Ramalho Neto.
Entretanto, ele destaca que o momento é de esquecer os números do ano
passado e avalia que, apesar das dificuldades, “o Ceará ainda vive uma
situação um pouco melhor que os demais estados, como Rio de Janeiro e
Minas Gerais, pois tem sua folha de pagamento dos servidores em dia”,
lembra Neto.
Para ele, o comércio tem que manter a criatividade para alcançar o
bolso dos consumidores na segunda maior data do calendário do varejo
brasileiro, perdendo apenas para o Natal. O tíquete médio, segundo suas
estimativas, deve ficar em torno de R$ 100. “Existem muitas opções de
vestuário, relógios e óculos para todos os bolsos. É preciso encontrar o
presente certo para cada mãe, as pessoas são únicas”, detalha Severino
Neto.
Os parcelamentos permanecem dentro do limite normal, entre três e cinco
vezes, porque os consumidores ainda estão com receio de dívida de longo
prazo. “Os juros para os consumidores ainda não caíram”, considera o
presidente da CDL Fortaleza. Entre os produtos que lideram a intenção de
compra dos consumidores fortalezenses para as mães, seguem as roupas,
flores, perfumes e acessórios.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Lojista de Fortaleza
(Sindilojas), Cid Alves, lembra que a base de 2016 foi muito ruim e por
isso ele acredita que este ano será melhor. “Acredito num crescimento,
mas não mais que 2% em relação a 2016”, aponta.
Esta elevação deve ocorrer em virtude das fábricas terem repassado
alguns benefícios, como o dólar que estava com cotação superior nesta
mesma época no ano passado. E ele considera que o parcelamento é uma
alternativa neste momento. “De maio para frente, a tendência é que o
índice de desemprego seja reduzido e exista uma aumento na demanda por
empregos”, diz.
Para ele, neste período o varejo começa a sentir a melhora, que já foi
percebida pela indústria. Entre os setores que devem ser mais procurados
estão o vestuário, calçadista e o de cosméticos. “Também pode ser que
TV de tela plana venda mais, porque o preço caiu. Acredito que, se não
houver transformações na economia e política, maio será o primeiro mês
de crescimento constante”, analisa.
Grande expectativa
Para Marcela Girão, diretora de marketing da Via Direta, o ano deve ser
melhor que o anterior. “Esperamos alta de 10%, pois estamos
intensificando nosso programa de fidelidade com descontos especiais.
Promoções e brindes também fazem parte do nosso leque de opções”,
revela.
A blusa deve ser o produto de maior saída. O valor médio das compras
esperado pela loja é de R$ 250, em virtude de uma campanha que será
lançada pela marca em maio.
Interior
Conforme o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Juazeiro do
Norte, Michel Araújo, o saldo das vendas de Dia das Mães deve ser
positivo, assim como em 2016. “Esperamos um crescimento entre 1,5% e 2%
em cima de 2016”, avalia. Entre os itens preferidos para ocasião estão
os eletrodomésticos, roupas, calçados, perfumes e cosméticos, além de
tablets e smartphones. Na Região, as pessoas deixam para comprar o
presente das mães quando a data vai ficando mais próxima, de acordo com o
titular da CDL de Juazeiro do Norte. “Apenas entre 20% e 30% das
pessoas compram o presente antes. O resto é em cima da hora”, diz. O
ticket médio deve ficar entre R$ 80 e R$ 100.
Diário do Nordeste
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