Cinco dicas para que sua moto dure muito mais.

Existem alguns costumes que afetam muito o veículo de duas rodas. Fique esperto e aumente a vida útil dela.


O óleo é fundamental em qualquer veículo. Com a moto não é diferente. Mas, não basta apenas trocar no prazo recomendado. Motores de motos são mais exigidos que os de carro. Especialmente nos motores refrigerados a ar, o óleo tem dupla função: lubrificar e refrigerar o motor, o que torna vital prestar atenção nele. E mais: nas motos, o óleo do motor cumpre papel duplo, pois, ao contrário dos motores automobilísticos, que têm óleo de motor e óleo de câmbio, nas motos o óleo é um só.
Rodar com o óleo vencido é um grande pecado, assim como é grave o descuido do nível recomendado. Habituar-se a verificar se a quantidade está correta pela varetinha (ou pelo mais prático visor, que há em alguns modelos) deve se tornar um ritual frequente.
A segunda dica diz respeito a embreagem. Parou no sinal de trânsito? Tenha o hábito de colocar o câmbio em ponto morto. Ficar com a mão apertando a alavanca de embreagem só se justifica se você souber que o sinal vai abrir rapidamente.
Outra coisa que "lasca" a embreagem é o (mau) hábito de usá-la para dar a famosa "queimada", para fazer a rotação do motor subir levemente, o que pode até ser necessário em algumas situações. O mais indicado mesmo é usar a embreagem o mínimo e aprender a dosar o acelerador de modo correto.
Pneus e lavagem
Terceira dica: olho vivo nos pneus diariamente. Tudo de ruim pode acontecer com pneus murchos: furam mais facilmente e, se um buraco for malvado, a carcaça pode ficar comprometida, rompendo-se e obrigando você à crueldade que é ter que jogar fora um pneu com cara de novo, mas que não presta mais.
Outro dano que pneus com pressão abaixo da indicada acarretam diz respeito às rodas, que ficam mais vulneráveis a amassados ou, pior, quebras. Sempre que for sair com a moto dê uma passada de olhos nos pneus e respeite a calibragem recomendada pelo fabricante, verificando-a no mínimo uma vez por semana.

Agora a quarta recomendação: lavar a moto? Sim, mas cuidado com as máquinas que lançam jato de água com pressão. Motores (e também componentes de suspensão) têm retentores cá e lá, dispositivos nascidos para, como diz o próprio nome, reter seja o que for o caso, óleo ou outro tipo de líquido. Acontece que eles foram bolados para resistir principalmente à pressão de dentro para fora, e, quando recebem um jato de água na direção oposta, adeus. Outra vítima frequente desses jatos d'água sob pressão são os adesivos, especialmente aqueles das partes plásticas. O segredo, ao lavar a moto é não exagerar na proximidade do jato e evitar mirar em um só lugar por muito tempo.
Corrente frouxa
E por fim, a quinta dica. A vida útil de uma corrente e seus parceiros, a coroa e o pinhão (conjunto chamado de transmissão secundária), depende fortemente do quanto você vai lubrificá-la.
Não são componentes eternos, especialmente a corrente, mas podem "viver" muito mais caso recebam frequentemente um spray lubrificante adequado a este fim. É um tipo de óleo que tem como característica aderir à superfície e não ser arremessado rumo a sua calça nova ou, pior, a de sua passageira pela força centrífuga, quando a moto entra em movimento.
E o planeta diz obrigado também, já que o lubrificante específico para correntes de transmissão usado no lugar do mais popular óleo queimado de motor é ecologicamente mais correto. Outra ação que aumenta a vida útil da transmissão secundária é manter a corrente na tensão correta, nem muito esticada, nem muito frouxa.

Fique esperto!
1 - sempre verificar o óleo: seguir recomendação do fabricante
2 - embreagem: habitue-se a colocar o câmbio em ponto morto. Ficar com a mão apertando a alavanca de embreagem só se justifica se você souber que o sinal vai abrir rapidamente
3 - pneus: se eles estão murchos é meio caminho para um acidente
4 - amortecedor: alguns motociclistas acham que o amortecedor é eterno e jamais cogitam a troca. Eles vão se acostumando à perda da eficiência deste importante componente.
5 - corrente: a vida útil de uma corrente depende fortemente do quanto você vai lubrificá-la

Diário do Nordeste

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